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United Airlines condenada em R$12 mil por atrasar itinerário

Direito Aéreo
United Airlines atrasa itinerário de família em mais de 36 horas.
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Redação

agosto 7, 2024

No turbulento cenário das viagens aéreas, os passageiros muitas vezes se veem à mercê de imprevistos. Um exemplo recente envolveu a United Airlines, que foi processada por uma família brasileira devido a um significativo atraso de voo.

O caso ilustra a importância de conhecer os direitos do consumidor e a eficácia da justiça em assegurar uma compensação justa para os passageiros lesados.

Tudo começou quando uma família adquiriu passagens aéreas da United Airlines para a rota Columbus – Washington – Guarulhos – Cuiabá. Durante o segundo trecho da viagem, de Washington para Guarulhos, a família foi informada de atrasos sucessivos.

O que deveria ser um transtorno menor se transformou em um pesadelo logístico, com múltiplos reagendamentos e longas horas de espera no aeroporto.

A espera, que acumulou mais de trinta e seis horas de atraso na chegada ao destino final, ocorreu sem qualquer assistência adequada por parte da companhia aérea. Não foram fornecidas acomodações, alimentação ou comunicação eficazes para os passageiros, agravando o estresse e a frustração. Além do desconforto físico, a incerteza sobre a continuidade da viagem causou grande ansiedade aos passageiros.

Inicialmente, a família tentou resolver a situação diretamente com a United Airlines. Eles buscaram esclarecimentos e soluções, mas encontraram um sistema confuso e ineficiente que apenas prolongou o sofrimento.

As múltiplas tentativas de realocação em outros voos resultaram em mais atrasos e incertezas, sem nenhuma assistência ou compensação por parte da empresa. O sistema de atendimento da empresa demonstrou-se falho, com comunicação ineficaz e falta de suporte aos clientes durante todo o processo.

Busca por assistência jurídica e ação contra a United Airlines

Diante da ineficácia das tentativas de resolução direta, a família decidiu procurar a orientação de um advogado especializado em direitos dos passageiros aéreos. Esta escolha se mostrou crucial para assegurar que seus direitos fossem respeitados e para buscar uma compensação pelos danos morais sofridos.

A orientação de um profissional especializado permitiu que os passageiros entendessem melhor seus direitos e os procedimentos necessários para buscar justiça.

A ação indenizatória foi ajuizada, pleiteando uma compensação por danos morais. A United Airlines contestou a ação, alegando que o atraso foi causado por problemas climáticos, o que estaria fora de seu controle.

A empresa também argumentou que a Convenção de Montreal deveria ser aplicada, limitando sua responsabilidade. No entanto, a argumentação da companhia aérea foi considerada insuficiente para justificar o tratamento inadequado e a falta de assistência aos passageiros durante a longa espera.

Julgamento e decisão

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo analisou o caso e considerou que a conduta da United Airlines extrapolou os limites do razoável.

A espera prolongada e a falta de assistência configuraram um serviço defeituoso. A juíza Paula Velloso Rodrigues Ferreri reconheceu o dano moral sofrido pelos passageiros e determinou uma indenização total de R$12 mil, distribuídos igualmente entre os três autores.

A decisão levou em conta o grau de sofrimento e a extensão do prejuízo causado aos passageiros. A falta de assistência básica, como acomodações, alimentação e informações claras, demonstrou uma falha significativa no serviço prestado pela companhia aérea.

A indenização foi fixada em um valor que visa compensar o dano sofrido e também atuar como medida educativa para a empresa, desestimulando futuras práticas semelhantes.

Este caso destaca a importância da justiça em proteger os direitos dos consumidores e garantir que as empresas sejam responsabilizadas por suas falhas. A decisão serve como um lembrete de que os passageiros não estão desamparados diante de grandes corporações e que a assistência jurídica especializada pode fazer a diferença na busca por justiça.

A orientação de um advogado especializado foi crucial para que a família obtivesse uma compensação justa, mostrando a relevância de buscar ajuda profissional em situações semelhantes.

Principais detalhes do processo judicial

A decisão foi proferida em 22 de julho de 2024, pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, sob o número de processo 1008812-68.2024.8.26.0100. A sentença ainda está sujeita a recurso.

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