
O número de centenários com plano de saúde no Brasil tem crescido de forma impressionante nos últimos anos, refletindo o aumento da longevidade no país.
Segundo uma matéria publicada pela Folha de São Paulo em 7 de março de 2025, entre 2019 e 2024, houve um salto de 42% no total de beneficiários com 100 anos ou mais atendidos por operadoras de saúde suplementar.
Esse dado, levantado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostra que o envelhecimento populacional está transformando o perfil dos usuários de planos de saúde e trazendo novos desafios tanto para os consumidores quanto para o mercado.
Entre os destaques da reportagem, está a participação especial de Léo Rosenbaum, sócio-fundador da Rosenbaum Advogados e especialista em Direito à Saúde, que trouxe insights valiosos sobre o tema.
O aumento dos centenários com plano de saúde
De acordo com a ANS, em 2019, o Brasil contava com 7.636 centenários beneficiários de planos de saúde. Em 2024, esse número saltou para 10.845, o que representa quase um terço dos 37.814 brasileiros com 100 anos ou mais estimados para o mesmo ano.
Esse crescimento de 42% em cinco anos não se deve apenas a uma maior adesão a planos de saúde por essa faixa etária, mas sim ao fato de que as pessoas estão vivendo mais. Esse fenômeno é resultado de avanços na medicina, melhores condições de vida e maior acesso a cuidados de saúde ao longo das últimas décadas.
Entre os centenários com plano de saúde, 44,1% estão em planos individuais, enquanto 37,5% fazem parte de cooperativas médicas. Esses números mostram a preferência por modelos de cobertura que, teoricamente, deveriam oferecer segurança e tranquilidade na terceira idade.

No entanto, a realidade enfrentada por muitos idosos revela um cenário bem diferente, marcado por dificuldades financeiras e barreiras no acesso a tratamentos.
Desafios enfrentados pelos idosos no sistema de saúde suplementar
Apesar do aumento no número de centenários com plano de saúde, a matéria da Folha de São Paulo destaca que a longevidade nem sempre vem acompanhada de qualidade no atendimento.
Um dos maiores problemas enfrentados por essa população é o custo elevado das mensalidades. Com o passar dos anos, os planos de saúde aplicam reajustes que muitas vezes tornam os valores proibitivos, especialmente para quem depende de uma aposentadoria fixa.
Um exemplo citado na reportagem é o de Altino Damásio, de 105 anos, usuário do plano SulAmérica Executivo. Sua mensalidade chega a R$23.383, um montante que sua filha, Ana Lúcia Damásio, considera abusivo.
Ela relata que a família precisou buscar reembolso na Justiça devido a despesas extras com cuidadores e medicamentos não cobertos pelo plano.
Outro caso é o de Pedrina Ramos de Souza, de 98 anos, que paga R$9.800 por mês, mas enfrenta dificuldades para acessar tratamentos essenciais, como consultas e exames.
Esses exemplos ilustram uma realidade comum: mesmo pagando valores altos, muitos idosos não conseguem o atendimento esperado. Cancelamentos unilaterais por parte das operadoras e negativas de cobertura para procedimentos médicos também são queixas frequentes, o que leva a um aumento de disputas judiciais contra os planos de saúde.
O aumento dos centenários com plano de saúde é apenas uma faceta do envelhecimento populacional no Brasil. A matéria da Folha de São Paulo mostra que o crescimento de beneficiários com mais de 60 anos é expressivo em todas as faixas etárias, o que pressiona tanto o sistema público quanto o privado de saúde.
Para as operadoras, atender a uma população mais velha significa lidar com custos maiores, já que a incidência de doenças crônicas e a necessidade de cuidados prolongados tendem a crescer com a idade.

Por outro lado, os consumidores enfrentam o desafio de manter os planos em um contexto de inflação médica e políticas de reajuste que nem sempre seguem critérios transparentes.
A ANS, responsável por regular o setor, recomenda que os usuários registrem reclamações em seus canais oficiais caso não consigam resolver problemas diretamente com as operadoras. No entanto, quando as negociações falham, muitos recorrem ao Judiciário em busca de soluções.
Judicialização como saída para os consumidores
A matéria contou com a participação especial de Léo Rosenbaum, advogado especialista em ações contra planos de saúde e sócio-fundador da Rosenbaum Advogados. Ele foi entrevistado para trazer um olhar técnico e jurídico sobre os desafios enfrentados pelos idosos no sistema de saúde suplementar.
A judicialização tem se tornado uma ferramenta essencial para garantir os direitos dos idosos no sistema de saúde suplementar. Casos como o de Altino Damásio, que busca reembolso de despesas extras, e o de Pedrina Ramos de Souza, que luta por acesso a tratamentos, mostram como a Justiça pode ser um caminho para corrigir abusos.
Especialistas entrevistados na matéria preveem que o número de ações contra planos de saúde deve continuar crescendo, especialmente diante de práticas como reajustes abusivos e negativas de cobertura.
“Em casos urgentes, como negativa de exames importantes, é possível pedir uma liminar judicial para garantir a cobertura imediata, desde que haja risco à saúde ou prescrição médica clara. Outra opção é usar a portabilidade de carências para trocar de plano sem perder direitos.”
Léo Rosenbaum
A Rosenbaum Advogados, com sua expertise em ações contra planos de saúde, acompanha de perto essa tendência.
A participação de Léo Rosenbaum na reportagem da Folha de São Paulo evidencia o papel do escritório em orientar consumidores que enfrentam situações semelhantes, oferecendo suporte jurídico para lidar com os desafios impostos pelas operadoras.
O futuro dos centenários com plano de saúde
O crescimento de 42% no número de centenários com plano de saúde é um marco que reflete o sucesso do Brasil em prolongar a expectativa de vida. No entanto, esse avanço também expõe as fragilidades do sistema de saúde suplementar.
Garantir que os idosos tenham acesso a cuidados de qualidade, sem comprometer sua estabilidade financeira, é um desafio que exige mudanças tanto nas políticas das operadoras quanto na regulamentação do setor.
Enquanto isso, a atuação de especialistas como Léo Rosenbaum segue sendo essencial para dar voz aos consumidores e buscar soluções para casos de injustiça. A Rosenbaum Advogados, com sua trajetória consolidada em Direito à Saúde, continua acompanhando essas transformações e auxiliando aqueles que enfrentam dificuldades com seus planos.
Para quem deseja entender mais sobre o tema e conferir todos os detalhes da reportagem, incluindo a participação de Léo Rosenbaum, vale a pena acessar a matéria completa no site da Folha de São Paulo.